Cerca de 3/4 dos cânceres de ovário apresentam-se em estágio avançado quando descobertos. Aproximadamente 90% das mulheres acometidas pela doença não possuem um fator causal específico e 10% dos casos apresentam mutação genética (gene BRCA 1) que predispõe ao desenvolvimento do câncer de ovário. Mulheres que já apresentaram anteriormente câncer de mama, endométrio ou colorretal possuem risco aumentado para câncer ovariano.
Os sinais e sintomas da doença são inespecíficos e podem ser perda de peso, dor pélvica, aumento do volume abdominal, inchaço das pernas, ascite (acúmulo de líquido na cavidade abdominal), etc.
Mulheres que conhecidamente possuem mutação do gene BRCA 1 (casos familiares) podem previnir o câncer de ovário removendo cirurgicamente os mesmos.
A suspeita para câncer de ovário surge geralmente quando há identificação de cistos ovarianos durante a realização de uma ecografia de pelve. Nem todo cisto é um câncer, mas quando são identificados a paciente deve ser avaliada quanto a necessidade de se realizar uma biópsia cirúrgica.
O tratamento é cirúrgico e a extensão da ressecção depende do estágio da doença no momento do tratamento. É indispensável a presença de um cirurgião experiente e altamente qualificado, porque frequentemente as cirurgias são complexas e podem envolver a ressecção de múltiplos órgãos além do ovário. É muito comum a necessidade da realização de quimioterapia pós-operatória, já que a maioria dos casos são diagnosticados e tratados em estágios avançados.